Empresário Vira Putinha de Garotão Marginal

Naquela quarta feira, início da tarde, o chamado. De certa forma, Marcus sabia que ansiava por estes contatos.
Alguma coisa pervertida no seu íntimo criava o tesão pelo marginal que chegara a espancá-lo. Atendia ao telefone com a voz trêmula, para deleite do parceiro.
Infelizmente o dia estava apertado, com muitos compromissos, mas como contornar? Liberou tudo com velocidade e quatro da tarde já estava batendo de leve na porta de madeira, uma entre tantas no beco sem saída. Sabia que tinha demorado, e isso lhe dava ainda mais ansiedade.
- Até que enfim heim sua cadela! Claudiney abriu a porta com cara de poucos amigos. Estava só de cueca, exibindo o peitoral forte em sua pequena estatura. O grandão tenta balbuciar uma desculpa, mas é puxado de uma vez para dentro, a mão negra segurando-o pelo colarinho.
O tapa que toma na cara não é novidade, de certa forma, já esperava por isso.
- Bichona inútil, quando eu mandar vim, é pra vim, entendeu???
De cabeça baixa, meio enforcado pelo colarinho, Marcus só acena positivamente, sem coragem de tentar se explicar mais. O macho abre o sorriso conhecido, sorriso largo, mas com um toque de crueldade. Ele sabe que tem o loirão nas mãos.
Na verdade, nem se interessa se o outro tem ou não tesão nele. Sabe que o domina pelo poder do medo, e isso para ele é o suficiente. De mais a mais, de que interessa o tesão daquele viado.
O importante é que ele se satisfaça, e arranque todos os benefícios que sabe como obter.
- Pode pegá a vassoura e os pano que essa casa tá um lixo. Tô veno o jogo aqui e tomano minha cervejinha. Na hora que acaba tu me traz outra que ainda tem na geladeira.
Não quero barulhada me atrapalhano, tamo entendido?
Finalizando as ordens o negro empurra Marcus de encontro à parede, continuando a encará-lo. De cabeça baixa, o empresário começa a tirar a roupa para fazer a faxina.
Com um pé puxa o sapato do outro, pelo calcanhar, enquanto desabotoa a camisa.
Quando tira a calça, sente o rosto ficar vermelho com as risadas de Ney, ao vê-lo como sempre de calcinha.
- Cara, o brother é fera mesmo. Tu agora tá sempre de calcinha, ele te pôs nos eixo mesmo! A gargalhada ecoa no barracão de poucos móveis, enquanto de cabeça baixa o empresário dobra como pode as suas roupas.
Quando vai saindo pegar o material de limpeza, sente a palmada forte estalando na bunda branquinha, realçada pela calcinha.
- Mudei de idéia inútil. Vem cá dá uma chupada enquanto to veno essa pelada. Claudiney se esparrama no sofá velho, as pernas abertas, o pau negro fugindo pela borda da cueca.
Conformado Marcus vai se aproximando e se assusta quando o negro se levanta de uma vez. O soco na barriga faz com que ele se curve, com um gemido.
- É prá vim de quatro bichona. A mão forçando a nuca faz o grandão acabar de se abaixar, colocando as mãos e os joelhos no chão.
Sem erguer a cabeça, vê os pés descalços do macho se distanciando até ele se esparramar de novo no sofá. - Agora vem, e rebola essa bundona. Pela voz ele percebe que o macho está rindo, com certeza se divertindo com a fragilidade da sua presa.
Sem coragem de reagir, obedece a ordem, e vai seguindo pelo chão. Por dentro a humilhação é grande.
Quando imagina estas cenas, ou se recorda depois, sente tesão. Mas ali, na ação, sente-se impotente e revoltado por não ter como se defender.
Sabe que aquele soco na barriga não foi nada em vista do que aquele homem mau é capaz de fazer. Perdido nos pensamentos, coloca a boca na tora negra, que no ato começa a endurecer.
Com o pau trincando de duro, Claudiney começa a urrar. Segura os cabelos cheios do passivo e puxa, liberando sua boca. Ainda segurando pelos cabelos, passa para trás dele.
Com a outra mão, afasta a calcinha. Sem perder tempo, posiciona a geba e começa a enfiar, lubrificada só com a saliva da chupada. Por instinto, Marcus afasta para frente, tentando sair.
O puxão no cabelo o trás de volta, com um gemido quase choroso. O garoto vai entrando com tudo e quando percebe já está montado naquele corpo grande e macio, cobrindo-o feito uma égua.
Uma das mãos segura a rédea loira enquanto a outra dá tapas na bunda branca. Indefeso no chão, o empresário mais uma vez leva pistoladas frenéticas, em ritmo alucinante, que arrancam lágrimas dos seus olhos. Mesmo louco de tesão, o macho lembra que está sem camisinha e tira o ferro duro de dentro da grutinha rosada, já inchada de levar pica. Ofegante lança sua porra por sobre o homem de quatro no chão, encharcando-o com a gosma branca e quente.
- Porra bichona, mas tu tem um cu que vô te contá viu. Ney fala rindo, enquanto limpa o resto da porra do pau nas coxas quase lisas do grandão.
- Agora vai, faz seu sirviço aí que vô vê meu jogo. Sentado de novo no sofá chuta de leve o rosto de Marcus, que pensa em se levantar, mas ante o olhar severo do macho se afasta de quatro mesmo.
Até sete da noite o empresário foi doméstica naquele barracão. Varrendo, lavando, pegando cerveja na geladeira, tudo sob a tensão de ordens, às vezes gritadas, de um moleque metade da sua idade.
Comido no chuveiro, prensado na parede rebocada sem azulejos, viu que estava dado por terminado seu dia ali.
Como diária, em vez de receber teve que deixar dinheiro para "uma bermuda maneira" que uma vizinha estava vendendo.
O marginal nem falava nada mais, ia direto na carteira e tirava o que achava. Trêmulo, o loirão ainda torcia para que fosse o suficiente, evitando novas porradas.
Aliviado, andava apressado pelo beco assim que era empurrado porta afora. Mas não tinha terminado, ainda havia outro marido para atender.
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Autor: Augusto Treppi
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