Meu Primeiro HOMEM 2

Leiam a primeira parte do conto para poderem se situar.
(...Meu Primeiro HOMEM...)
O "convite para fumar" pode parecer inapropriado do ponto de vista legal (pelos meus 16, na época), mas Alex não tentou ser apropriado por um minuto sequer.
Faço um "positivo" com a mão e ele faz outro. Nos recolhemos, cada um em sua casa. Me sento, pensativo. Vou até o quarto onde minha mãe ficara enclausurada o dia inteiro, devido ao ar condicionado, e a pergunto se poderia descer para o play de novo. Com um pouco de relutância - por ser umas 20h30min - sou autorizado a sair.
Sinto que preciso me preparar para a ocasião. E por isso, me encaminho ao banheiro para fazer a chuca. O que não demandou muito tempo. Me lavo de novo, superficialmente só para tirar o cheiro do suor que não cessava no calor intenso.
Todo preparado: cheiroso, limpo, liso e lindo. Olho pela janela uma última vez e vejo a janela de Alex fechada, e seu ar condicionado provavelmente ligado (thanks, Lula).
Antes de eu descer escuto o toque do interfone. Meu coração acelera. Atendo. O silêncio é quebrado por mim.
- Oie, boa noite. Quem é?
- Oi, Yuri. Cê não vem? ... Fumar?! - Um tom de voz pedinte, que reconheci como sendo de Alex.
- hahahah - rio - Vou sim. Agora mesmo! Não interfone mais para cá, por favor. - digo, mais descontraído e confiante, mas num tom de advertência.
- Ok, te espero. - diz Alex, antes de desligar.
Pego as minhas chaves e saio.
Toco a campainha no apartamento 403 do prédio B. Alex abre a porta com um sorriso como o de quem está muito, mas muito, feliz. Sorrio de volta. Entro. E sou surpreendido por um beijo na bochecha, mais forte e demorado do que o de costume (daqueles acompanhados de uma fungada). Isso me deixou surpreso.
Para um convite um tanto informal, a recepção de Alex, assim como sua ansiedade, pareciam exageradas. O que eu amei, porque o que eu queria com ele era, mesmo, intimidade:
- Quer uma água geladinha? - indaga Alex. Cedento por contato visual.
- Por favor - digo, com a boca seca - É bom encher o copo. Cigarro me dá cede - completo. Mais confiante que o normal, devido ao nervosismo do Alex.
- Mas não é bom se encher de água. Pode ter um refluxo! - Diz Alex, me derrubando com um empurrãozinho no ombro em seu sofá, e, em seguida se encaminhando para a cozinha. Confesso que fiquei meio chocado com a audácia dele. Mas amei. Enquanto apoiava a mão no pescoço, imaginando um pauzão ali, Alex fala, da cozinha, num tom mais alto:
- O que eu tenho aqui para gente fumar não é cigarro não! - diz ele, antes de dar risadas. Arregalo os olhos numa auto advertência. Já amando o date.
Um copo vermelho, molhado por fora, cheio de gelo dentro, me tira do meu transe. Mal dou um gole e já sou convidado ao quarto. Ar condicionado e água gelada em boa hora. Cortinas fechadas e uma luz azul dava uma vibe que, sinceramente não combinava com o pagode no fundo. Mas não liguei para isso.
Me sento numa cadeira assim que Alex aponta para ela. Ele se senta na cama. Posso ver seus braços fortes numa camisa regata branca que acompanhava um shorts azul claro bem soltinho. Que HOMEM GOSTOSO.
Ele se estica em direção a mesa de cabeceira, pega um baseado. Acende. Se levanta. Vem em minha direção, tira o copo vermelho da minha mão. Leva o baseado até minha boca. Estou hipnotizado. Não esperava nada disso. Alex bebe do meu copo, apoia-o na mesinha, tira o baseado da minha boca, agora entreaberta e pedindo por um beijo. Ele fica parado, de pé, na minha frente. Passo a mão em sua barriga, concentrado naquele corpo. Forte e quente. Isso é estopim para que ele se abaixe e me dê um beijo molhado e gelado por causa da água. A continuar pessoal. Minha mãe fez um pão hoje, vou comer. Bjs.


Autor:Desconhecido
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FONTE - Conto Encontrado no WhatsApp