O Garoto Parte 2

Continuação do Conto: O Garoto Parte 1
E voltei depressa para devolver a ele, quando vi que ele estava parado com uma pessoa, quase próximo a casa dele e percebi também que, ele havia colocado a mão no pulso e tinha levado a mão, até a pessoa, entendi na hora, ele estava sendo assaltado, passei a andar mais depressa e me fazendo de bêbedo, fui cambaleando e falando mole e alto, como um bom ?bebum? hehehe que se preze, me aproximei o bastante para ver que, realmente era um assalto e que o vagabundo, estava armado, só não deu para ver, que tipo de arma ele usava, se era lamina, ou revolver, fui falando alto e um monte de besteiras, como é comum em pessoas muito alteradas, pelo efeito do álcool e quando cheguei mais perto, fiz de um jeito que ele se virasse para mim, pois não podia deixar nada acontecer ao garoto, reparei que a feição dele, era de que, eu seria apenas, mais uma vitima incondicional para ele e vi que ele abaixou a guarda e estava para me apontar á arma e em um golpe rápido, peguei a mão dele, virando-a para ele próprio e pude ver que era apenas uma faca de cozinha, mas bem pontuda, lhe tomei a faca e bati muito nele, o que para mim, foi até fácil, sou faixa marrom.
Só parei de bater nele, porque vi o garoto feito uma estátua, sem uma reação se quer, então parei e mandei que ele sumisse dali e ele meio caindo, saiu correndo, joguei a faca em um córrego que tinha ali próximo e fui ver, o que o garoto tinha e percebi que ele estava em choque, só após ter lhe chamado por quatro vezes, que ele saiu do tranze e começou a tremer e a chorar, fiquei morrendo de pena dele, pelo o que ele estava passando e abracei o garoto, que me abraçou com força e colocou a cabeça em meu ombro e eu fiquei sentindo a respiração dele em meu pescoço e fiquei lhe acariciando a cabeça e falando que o safado, já tinha sumido dali, mas mesmo assim, ele ainda estava muito nervoso, mas após um certo tempo, ele foi se acalmando e parou de chorar, mas ainda estava tremendo muito.
Quando ele olhou em meus olhos, aproximou mais o seu rosto do meu e me beijou no rosto, nossa! Que beijo delicioso, sei que foi apenas um simples beijo para muitos, mas para mim, foi algo extraordinário, então retribui o beijo, lhe beijando a testa e ele novamente olhou para mim e de repente, me beijou a boca, senti a sua língua quente e úmida, passando na minha, aquilo foi indescritível, nunca tinha recebido um beijo, como aquele, sentir o gosto daquela língua, me deixou extasiado, mas mesmo assim, ainda pude juntar um restinho de força e me segurar, afinal, estávamos na rua e muito perto, da casa dele e logo que paramos de nos beijar, fui levando ele até a casa dele, quando chegamos no portão, lhe perguntei se ele tinha a chave, ou, se teria que tocar a campainha, ele falou que tinha que tocar a campainha, quando fui tocar a campainha, ele me virou e me beijou novamente, só que dessa vez, foi um beijo bem demorado e muito mais gostoso que o anterior, depois de nos beijar, toquei a campainha e sua mãe veio abrir o portão e viu logo, que ele não estava normal, pois estava se apoiando em mim, a mãe dele já ficou nervosa e já meio que gritando, chamou o marido e enquanto isso, fui entrando, pela casa á dentro e falando para ela, que ele estava bem, que não tinha acontecido nada de grave com ele, que ele só estava ainda muito nervoso, era nítido que ele tremia bastante e perguntei a ela, se não tinha nem uma bebida na casa, para dar a ele, leite, refrigerante, chá, ou até mesmo água, é que poderia fazer com que ele melhorasse, enquanto ela foi correndo buscar algo, o pai dele chegou na sala e começou a me fazer uma série de perguntas e ao mesmo tempo, a mãe do garoto, retornando com um bule de chá e algumas xícaras, ela sempre deixa pronto, ela é muito nervosa e por isso toma bastante, ela fala que acalma muito e colocou em uma xícara e deu para o garoto beber, quase que ele não consegue tomar, tremia de mais, mas a mãe o ajudou e ele foi ingerindo o chá e ao mesmo tempo, os pais do garoto, me cobriam de perguntas, sem me deixar responder, pois eram muitas, intermináveis e repetidas, então lhes pedi que se acalmassem, para que fosse possível esclarecer o que tinha acontecido e o garoto, vendo tudo aquilo, pediu que eles me dessem uma folga e eles ficaram quietos e o garoto começou a contar e a chorar ao mesmo tempo, ele estava ainda muito nervoso, porque o assaltante, lhe falou que se ele não tivesse dinheiro para lhe dar, que ele iria matar o garoto...
- foi a primeira experiência, do garoto, ele nuca tinha sido assaltado antes - e o garoto também falou que, eu que tinha ajudado ele na competição e os pais me agradeceram muito por tudo e me disseram que, dês de que o garoto chegara em casa, após o campeonato, só falava em mim e que não era para eu levar a mal, mas eles acharam que eu teria a ,mesma idade do filho e comecei a rir disso e todos entenderam que eu não levei a mal e começaram a rir também e me convidaram para o churrasco, que iria acontecer no dia seguinte e que contavam com a minha presença e o garoto lhes disse, que já havia me convidado e aproveitando que tudo já estava bem mais calmo, me despedi e foram me levar até o portão e não cansavam de me agradecer, mas logo que estávamos chegando ao portão, o garoto pediu que eles nos deixassem a sós, porque ele queria conversar um assunto em particular comigo e os pais se despediram de mim e ali mesmo, voltaram e saímos, ele encostou o portão e me levou até de baixo de uma árvore em fronte a casa e mais uma vez, tive o prazer de sentir o gosto daquela língua, como era deliciosa, como ele beijava gostoso, porém, logo afastei-o de mim e ele quis saber o porque e falei que o portão tinha se mexido e ele foi conferir e vimos que era apenas o vento e voltou a me beijar e falei que era melhor eu ir embora, pois aquilo estava muito arriscado, os pais dele, lógico que estavam apreensivos com tudo que tinha acontecido e poderiam aparecer ali, para ver se estaria tudo bem e nos despedimos com mais um delicioso beijo e sai dali no céu, porque as nuvens, já tinham ficado, muito abaixo, fui pensando milhões de coisas boas, mas de repente, me veio um pensamento, que mudou tudo em mim e comecei a me sentir nojento, tive asco de mim, (aquele garoto, só havia me beijado, porque estava fragílizado com tudo aquilo) depois que pensei isso, fiquei com ódio de mim e comecei a chorar, como se eu fosse uma criança, por causa do meu egoísmo, eu usei aquele garoto, isso não é amor, porque, quem ama, não usa a pessoa amada e eu me senti usando o garoto, aquilo nada mais era, que gratidão e eu confundi tudo.
E chegando em casa, fui tomar um banho e depois fui me deitar, normalmente, demoro muito para dormir e naquele dia, demorei muito mais e prometi a mim mesmo que, nunca mais iria procurar aquele garoto, que eu iria sufocar de alguma maneira, o que eu sentia por ele, mas nunca mais, nunca mais mesmo, o veria novamente.
Acordei com a campainha tocando, já eram mais de duas horas da tarde, fui atender a porta e me assustei, era o garoto, tremi na mesma hora.
Nossa! Como aquilo foi péssimo, quase me coloquei a seus pés, para pedir-lhe perdão, só não fiz, porque ele já foi entrando e zangando comigo, me perguntando por que eu não fui a casa dele?
Que todos estavam me esperando, ai eu contei a ele que não iria na casa dele e que também não iria vê-lo mais, nesse momento, ele baixou a cabeça e me perguntou o motivo e eu lhe disse tudo, mas tudo mesmo, ele olhou para mim e deu aquele sorriso lindo, que eu não resisti no dia anterior e aí, foi a minha vez de lhe perguntar, o por que do sorriso? E ele me deixou perplexo com a resposta, me falou que, dês que tinha me visto pela primeira vez, sentiu algo estranho e arrepios pela espinha e que não sabia o que era, mas ele só sabia de uma coisa, não queria se afastar de mim, nunca mais - tudo que ele falou que sentiu por mim, foi o mesmo que eu senti por ele, quando o vi - E quando o desgraçado, tava assaltando ele, quando estava indo para casa, não parava de pensar em mim e a maior prova do que ele sentia por mim, foi quando aquele rapaz, apareceu em sua frente, lhe apontando uma arma e lhe dizendo que era para ele passar tudo que ele tinha e que ele se assustou muito, mas em todo momento, só pensava em mim e quando o marginal disse que, iria mata-lo, se ele não tivesse dinheiro.
E ele começou a pensar só em mim e no que eu representava para ele e se estranhou mais ainda com isso, porque naquele momento, ele só pensava em mim e não na namorada, ele queria ter sentido pelo menos, o gosto do meu beijo, antes de morrer e que foi por isso que ele me beijou, porque ele me amava e tinha que correr o risco, mas que pelo menos, "um beijo", ele iria sentir de mim, mesmo que depois, eu o repudiasse. Ele não sabia, qual seria a minha reação, afinal, ele e eu, somos homens e como eu.
Ele também nunca tinha sentido atração e nem nunca tinha transado, com outra pessoa do mesmo sexo e quando ele me viu aproximando, viu a chance de realizar a sua vontade, antes de sua morte, mas estava sem forças para fazer o que desejava naquele momento, pois estava muito nervoso e não conseguia controlar o seu sistema nervoso e logo que se recobrou, não resistiu e me beijou e que foi o único beijo da vida dele, que ele realmente, havia gostado e que foi maravilhoso sentir o sabor da minha boca, que foi a coisa mais deliciosa, que ele tinha experimentado, até aquele dia, pois naquele momento, ele descobrira que me amava e muito.
Quando ele falou aquilo, tentei, mas confesso, não tentei tanto assim e o abracei fortemente e lhe beijei demoradamente e pude sentir que ele estava com ereção e começou a se esfregar em mim, parei de beija-lo e sorri para ele, mas com aquele sorriso bem safado e ele correspondeu ao meu sorriso, com uma carinha de: "você está esperando o que?"
E depois disso, parei de ficar me controlando e recomecei a beija-lo e levei-o para o meu quarto...


Autor: Herich
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